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domingo, 18 de dezembro de 2011

Oxxxxxi...

Tá bom... É hora de bloguear. Bahia é um estado de espírito, e isso eu percebi! Enquanto BH (o melhor lugar do mundo) ta debaixo d'agua, em Pilar (procure no mapa, meu rei, que não vai achar) se cuspir seca antes de chegar no chão. Acho que aqui é 3 x 1 em termos de mulher bunduda por homem, e 5 x 1 em termos de bode por homem. Não é atoa que os habitantes daqui são "cabra macho".
O que eu vim fazer aqui? O que faço todos os domingos pink... Trabalhar! Um calorão destes e eu aqui. Trabalhando. Só pra situar vocês, meu trajeto foi BH,-Salvador, Salvador-Petrolina, Petrolina-Luazeiro, Juazeiro-Petrolina... Todas duas eu acho uma coisa linda, eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina, Juazeiro-Pilar. Aí cabe um adendo: 130km de reta. Como eu queria estar de bravoso!!!
Ok... Se a palavra de ordem aqui, é bode, a de desordem é mosquito. O bicho reina!!! E graças a eles tenho a história "carro -chefe" deste post: o mosquito baiano.
Estava eu não minha salinha, fazendo programa (que nem as putas) quando um tal veio meu "aperriar". Uma, duas, três vezes... E a paciência indo embora (embora meu segundo nome seja paciência...o primeiro é sem, mas...). Alguém sabe como é difícil matar um mosquito? Todos os seus argumentos são inválidos. Meu pai até meu ensinou uma técnica que envolve um pano de prato... Não é necessário.
Disse ao dito: "venha ca meu rei..." E fui aproximando minha mão com o dedão segurando o indicador em forma de zero... Ou em forma de vaitomanocu pra quem ainda não entendeu. O bicho não se mexeu. Então, quando a distância estava correta, bifaaaa!!!! Na mosca ( tu, dum... tissssss)! Agora ele está em uma fazenda toda branca, com outros mosquitos baianos descansando em uma rede!!!

Volleyball

Como dizia meu professor de sistemas de controle: "falta conceeeeeeeito" enquanto balançava a mão pra frente e pra trás como um italiano que não era. O conceito de algo pode ser comparado com a velha historia da filosofia que diz que alguma coisa pra existir tem que estar no mundo das idéias. Preconceito, pela própria semântica da palavra, é um conceito anterior ao conhecimento e que na maioria das vezes é burro.
Porém, uma vez conhecido o objeto da discussão, não existe mais "pré-conceito", mas ainda falta o conceito de como aquele objeto realmente é. Sem mais delongas, mando a bala... Porque negros não gostam de ser chamados de pretos? Porque preto eh cor? Mas a minha cor eh preta mesmo (e minha irmã também). O que há de tão ruim em se chamar um preto de preto, uma puta de puta, um ladrão de ladrão ou uma bicha de bicha? Desses ai, acho que só termo ladrão não é considerado ofensivo, por que eles mesmos se chamam assim, e aparentemente só o preto não optou por ser preto. Sobram-nos as putas e as bichas.
O foda de uma puta... (essa foi de propósito) são os filhos. Eles também não optaram... Então, racismo envolve filhos da puta, como políticos... Não se deve chamar um filho da puta de político, é muita sacanagem com ele. E as bichas? “Ahhh o correto é homossexual!”. E o correto é não sacanear ninguém, afinal, na minha época era brincadeira, hoje é bullying. Coitados dos baianos que não podem bulinar em mais ninguém!

Adiós!!

Selva, a gente se acostuma muito pouco! E mesmo pouco acostumado ao que é a maior selva de pedras do Brasil, vou-me embora pra Pasárgada. São Paulo foi e é uma grande escola de vida, embora alguns não se formem com louvor. O que Drumond disse sobre Itabira se aplica a Sampa sem ressalvas: "Suas noites frias, sem mulheres e sem horizontes". Na verdade há mulheres, mas como figem que não existem! Ou figem que eu não existo o que para efeito dos finalmentes dá na mesma!

O fato é que, estatisticamente falando (aprendi no orkut que ninguem discute com você quando se diz isto), 99,997% dos chapeiros de lanchonete, garçons, atendentes e caixas de padaria em sampa são baianos (tenho duvidas se o Brasil ao norte da bahia existe mesmo, então para todos os efeitos são baianos)! Já ri muito com esses tipos engraçados e, adivinhem, flamenguistas.

Passei muito tempo achando que a cidade era o ó do borogodó, o que hoje me causa estranhesa já que borogodó tem quatro ós! Em São Paulo descobri que corinthianos são piores que atleticanos, polenta é qualquer coisa feita com angú (isso é estranho até para quem acha inadimissível sair pra comer mexido), que se você sai, é de balada ou de barzinho e que uma buzina furiosa vale mais que mil palavras. Aprendi que paulisa da capital diz porrrrrta como se fosse "ere" e que paulista do interior diz "poita" mas que porra é sempre "orrrrra"! Tudo que é muito, dizem puta. Puta fome, isso vai dar um puta trabalho, na Augusta tem puta puta. Puta falta de sacanagem isso, meo! Mano e mina não existem, isto é invensão de mineiro, mas mâno e miiiina sim!

Em dois anos de Sampa, perdi as melhores coisas de se viver aqui: numca peguei um trânsito de mais de duas horas, nunca sofri sequestro relampado e nunca paguei duzentao pra entrar numa "balada" que só tinha homem. Ia muito ao "Minas , tutu e prosa" ver jogo, no flamenguista da Vila Mariana, Pau Brasil e seu samba de raiz, Vinte e Cinco e Santa Efigenia, tudo coisa de turista.

O mais incrivel de tudo nesta cidade de 16 milhoes de habitantes, é como seu amigo da faculdade lá de Minas mora perto do seu emprego e te arruma uma vaga  na pensão, como a sua amiga de escola da infância é sua vizinha de porta, como seu amor da infância aparece do nada no metrô, e como o Pato Fu toca aqui e eu nunca acho ingresso