Páginas

terça-feira, 18 de julho de 2017

Meus dois fios de barba branca

Outro dia, meu irmão mais “velho fez” 31 anos. Liguei para dar-lhe os parabéns e brinquei “do jeito que você tá ficando velho, rapidinho me alcança!”. De fato, sabemos a triste verdade de que isto não vai acontecer. A minha idade frente a dele, é sempre fujona, é sempre o Senna na chuva, e sempre o Bolt, é sempre o monitor da patrulha, “sempre alerta”. E é exatamente isto que me levou ao meu segundo fio de barba branca.

Um fio só, pode ter várias explicações. Pode ser uma falha genética, um pequeno charme no meio da minha vasta e negra mata submandibular, uma gota de tinta de quando pintei as paredes da antiga república. Porém, dois fios só podem ter uma explicação, a “veiera”. Nããããão que a coluna desgastada, a dificuldade imensa de perder peso e entender a graça de um brinquedo que só gira não garantam que eu já tenha “certa idade”. E não vai ser um aparelho nos dentes, um corte de cabelo desastroso e um blog que vão dizer o contrário. Enfim, meu documento de identidade comprava o inevitável: fiz 35!

Não há nenhum ditado legal pra quem faz 35, do tipo: “a vida começa aos 35”, ou “entrou nos inta e inco não sai mais”, mas não deixa de ser marcante. Afinal, tanta coisa aconteceu até aqui e tanta coisa há de acontecer que chegar até aqui já é uma dádiva. Um presente.

Talvez aos 35 você se case, ou talvez já tenha se casado, ou não. Talvez aos 35 compre um carro, uma casa, um lote, um “pudou” ou um “condado de nova York” (sempre gosto de deixar uma piada que eu acho que só o Carlinhos vai entender). Pode ser que seja despedido ou que tenha que despedir alguém e no fundo você não sabe dizer o que é pior. Pode ser que pense nas pessoas que se foram e nas que virão. Pode ser que pense no amor como nunca pensou antes ou pode ser que pense que antes nunca foi amor. Pode ser que vá ao casamento do seu pai, que ganhe uma sobrinha ou duas (sentou na colher, já era) e mais tempo pra curtir os sobrinhos que já estão aí.

“Tudo pode ser, só basta acreditar...” né xuxa? Essa também é só pra pessoas de certa idade. Que viram Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Jiban, Jiraya (o desenho, e não a dona da pousada em Noronha), montaram lego quando não vinha montado na caixa, jogaram bola na rua e soltaram papagaio em algum vale de uma cidadezinha. Viram Angélica e Eliana novinhas e o rei leão num cinema que nem existe mais. Fizeram karatê, escoteiro, futebol, vôlei, natação, peteca no senai, handebol, engenharia, futebol de robô, empresa júnior, inciação científica, formatura, mestrado, casamento, “start-up”, “start-up”, “start-up”...

Coisa de quem vai correr não pela pressa, mas pela pressão. Que vai ao “balé” duas vezes na semana pra cuidar da saúde e não pra ver as moças na academia. Que vai acabar todos os projetos que começou e que vai terminar a pós. De quem vai perder 20Kg “de novo” e de uma vez por todas. Coisa de quem sabe que 35 é a melhor idade pois 34 já passou, 36 ainda não chegou e é a única idade em que eu posso fazer as coisas que eu quero hoje.


Ps.: Enquanto estava escrevendo, lembrei que não tem ditado pra quem faz 35, mas tem uma música do Jota Quest chamada 35. É a pior coisa dos 35!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tomorrowland

Eu acredito em um amanhã melhor, até porquê amanhã é sexta. Até porquê amanhã é 17 de outubro. O segundo da minha vida. Amanhã é onde tudo acontece, afinal quem nunca ouviu falar do velho ditado "nunca faça hoje o que você pode deixar para amanhã" ou algo parecido. Amanhã é o dia da esperança, afinal, "entro de férias amanhã" é muito melhor que "entrei de férias hoje". É o dia da tranquilidade, porquê "aquele boleto só vence amanhã". E é o dia, claro, das Casas Bahia, porquê "é só até amanhã".

Têm sempre adivinhações, como: "se hoje fosse amanhã, e anteontem fosse terça, para que lado está virada a casa do urso polar?". Há provérbios: "Ontem é história, amanhã é mistério..." e por aí vai. Até o hoje é na verdade o amanhã de ontem. 

Um tal de papa Gregório criou uma ferramenta para contar o amanhã. Todos nós perguntamos: "Que dia é hoje?" mas na verdade queremos saber que dia é amanhã, já que o evento que estamos planejando, se for hoje, ou está atrasado ou já passou. Amanhã é muito mais legal. Lembram do mistério do talvez? É o novo nome do amanhã. Afinal, o amanhã a Deus pertence. "Hoje é hoje!", dizemos quando o dia começa mal. "Amanhã é um outro dia" dispensa comentários.

E quantas músicas citam esse dia tão especial? "Como será o amanhã? Me diga quem souber", "Apesar de você, amanhã há de ser outro dia". Desde Luan Santana (??????) a Detonautas, mas a que mais que chamou a atenção pela vida foi uma que ouvi bem novo:
Amanhã!
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã!
Redobrada a força
Prá cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã!
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar
Amanhã!
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar!
Há de imperar!

Amanhã!
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Existe e é prá vicejar
Amanhã!
Apesar de hoje
Será a estrada que surge
Prá se trilhar
Amanhã!
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã!
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno!
Será pleno!

Bonita, né? Eu acredito que o Guilherme Arantes (do Nascimento "Entende") não escreveu está música quando a sua namorada adolescente teve que tomar uma pílula do dia seguinte. Nesta hora, na verdade, escreveram o filme "O dia depois de amanhã". Claro que uma coisa tão bacana quanto a pílula do dia seguinte, quer dizer, o amanhã também inspiraria filmes, como "No limite do amanhã" e "O preço do amanhã".

Repeti tantas vezes esta palavra singela apenas para dizer que eu não concordo com John e Paul, e eu acredito mesmo é no amanhã, porquê eu espero que hoje, seja "belhor" (lê-se belhor, porquê é na voz do Dinho Ouro Preto, tipo: "ela dorbiu, do calor dos meus bagaços") do que ontem e hoje, pfff... Hoje é hoje! 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Se alguém...

tem alguma coisa contra este casamento... tá, confesso que não tinha como eu não escrever sobre isto este ano, e especialmente este mês. Os mais chegados já sabem e aos que não sabem já digo: Calma, eu não vou casar. Três casamentos no mesmo ano! A Diagonal se superou!!! Ainda bem que não foram quatro casamentos, pois decerto o funeral seria o meu. Não que eu não goste de ver meus amigos casando, mas porque o fígado não iria aguentar. Fatasso! Aproveitando a deixa de filmes antigos, outra novidade é que com Bombom, Matheusim, Flash e Laura Néria temos bem no nosso nariz, os "Três solteirões e uma pequena dama." Bem vinda ao mundo, minha futura nora.

Atenha-se ao tema, Chamex... Pois é. Três casamentos: Léo e Jess (#coitadijess), Osvaldo e Catarina (ooo trepa no coqueiro, pega côco) e o meu mais velho irmão mais velho Thasaugusto e Berenice. "Meus conselhos eu já te dei,  mil piadinhas eu já contei, mas ser casado é bem melhor do que ser guei (aí grita alguém lá no fundo do salão: não é mesmo!) mas se conselho não resolver..." bom, como eu direi um dia, quem sou eu para dar conselho sobre casamento? Não sou casado (e nem guei), nunca fui, não convivi muito com gente casada, se é que gente casada convive com outrem, e nem fiz curso, é... realmente não posso dar conselho. Mas posso zoar! =)

Que a Flor não nos ouça (leia-se leia), mas "ês fala" que casar é melhor que morrer queimado. Não sei não... mas por pura e simples dedução científica. Não há suficientes dados de gente que morreu queimado para inferir na população. Acertei dessa vez, Bárbara? Na falta de um teorema provado, o Chaves tem sempre razão. Melhor morrer que perder a vida.

Deja-vu... relendo a primeira parte deste texto que quase vos fala, achei que já tinha tocado neste tema antes, então tive que reler os textos antigos. Como meu português é ruim! Acho que o meu e o do Roberto Carlos. Mas acho que cumpri meu papel, já que Rialto - Califórnia de algumas coisas. Sendo assim, cumprirei meu papel de hoje. Já que não teve como evitar, não posso dar conselhos e a culpa no fundo é mesmo de Ktá, quero felicitar os novos casais com a seguinte canção:


"Sou Diagonal e ninguém é como a gente
Mas uma pena é que todos vão casar
Casou Dedé, Burrão casou na frente
Mas o culpado de tudo foi Ktá

Os meus conselhos eu já te dei
Mil piadinhas eu já contei
Mas ser casado é bem melhor do que ser guei

E se o conselho não resolver
O Chamex tá aqui pra quê?
Pra desejar felicidades pra vocês!"


 Game Over!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Evolução

Se todos somos realmente macacos eu não sei. Há quem diga que é o nosso ancestral mais próximo, mas há quem rebata dizendo que o nosso DNA é mais parecido com o de uma mosca. Os cristãos são barro, e as cristãs uma costela, e pode ser por isso que são tão gostosas. Eu sou macaco, mas por maioria de votos, o que hoje os psicólogos chamam de bulling. Alguns dos que me chamavam de macaco são meus amigos, e até bons amigos, e outros não. O legal é saber que outros dos quais acabaram sendo angariados por outra minoria mas que não vem ao caso.

Sabe, triste ver que a evolução não tem andado tão depressa quanto a gente gostaria, pelo menos em todos os aspectos. Por exemplo, quando o computador se tornou de uso comum, e eu lembro disso, pasmem, quem não tinha costume de usá-lo e passou a fazê-lo começou a ter o que chamaram de LER na época e que mudou pra DORT. A geração que usa o computador desde jovem não reclama deste mal. Que coisa, não? Eu acho no mínimo curioso. Mas no futebol ainda temos macacos.

Dizer que somos todos viados, como diz a pensadora nem tão contemporânea assim Gretchen, ou sei lá como escreve isto, é dizer demais. Não é porque eu não sou viado, ou macaco, ou porco, ou qualquer outro bicho que eu tenho algum tipo de preconceito contra eles, mas nem por isso saio por aí vendendo camisetas assumindo uma identidade que não é minha, mas cada um sabe de si. Este assunto do eu sou isso, eu sou aquilo já me parece aquela propaganda da pelada da Nike, mas chegar e dizer que todos somos é deveras arriscado.

Apesar de outro pensador não tão contemporâneo assim, o Falcão, dizer que homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado, eu acredito na escolha, e aquele que disser que um preto não pode ficar branco não conhece Michael Jackson nem o pó de arroz. Aquele que disser que o branco não pode ficar preto não conhece o bronzeamento artificial. E no mais é isto, porque por dentro é tudo igual. Eu não pedi pra nascer preto, mas se me perguntassem hoje, diria que sim, portanto, mesmo que indiretamente, foi a minha escolha.

Com relação à banana e o Daniel Alves, não achei que foi isso tudo ele ter comido não, e confesso, não teria comido. Raciocina comigo: Esse cara que jogou a banana foi revistado ao entrar no estádio. A revista não encontrou a banana, portanto, de onde esse cara tirou essa banana? Que pergunta idiota, Robin. A César o que é de César, então o Dani Alves merecia uma batata em vez de banana, mas acho que ia ser muito dolorido esconder a batata. Só acho. Escolha minha.


quinta-feira, 27 de março de 2014

Talvez

Se você espera rir com este texto hoje, talvez você esteja errado.

Uns falam da fé, outros falam da força forte, outros falam do amor. Porra nenhuma! A coisa mais forte que existe no mundo é o talvez (Talvez o Batman montado num tubarão branco com um sabre de luz seja mais forte)! Para comprovar o que eu digo, existe até uma parte inteira da matemática para estudar o talvez e que vocês conhecem (ou talvez não conheçam) como estatística.

Talvez eu esteja enganado, ou talvez não. Porquê eu estou falando disso? Talvez porque eu li uma coisa hoje no facebook (por incrível que pareça) que me levou a pensar no talvez. "Ser bem sucedido significa algo diferente para cada um." Até tem um "respeite" no final, mas eu não gosto que me digam o que fazer, então eu respeito se eu quiser. Talvez o face não seja tão inútil quanto o fazem parecer, se ao invés de "ver, curtir e compartilhar", talvez vc vir, parar e pensar.

Mas o que tem a ver ser bem sucedido com talvez. Ora (como dizia o Boulinhos), muito simples. Porquê talvez eu nunca seja bem sucedido, ou talvez o seja. Depende de quem vê. E que diferença faz? Talvez nenhuma. Talvez eu não consiga me manter no emprego, talvez porquê mereço outro, talvez não. Talvez nunca trabalhe em uma grande empresa com muitos funcionários e um auxilio imóvel, ou talvez não. Talvez meu chefe esteja lendo isto e gostando ou talvez não. Ou talvez jamais leia. Porque talvez meu blog seja péssimo e talvez na verdade os únicos que leem são alguns de meus amigos, ou talvez não. Talvez você goste de macarrão ao alho e óleo ou talvez você só coma porquê alguém fez.

O medo do futuro é porque talvez ele seja bom, ou talvez não. Ao mesmo tempo que o talvez traz o medo, ele te da a esperança de talvez ser diferente. Ou talvez ser igual é que é bom. Talvez eu nunca tenha uma crise ou talvez a tenha e talvez, mas só talvez, eu vá para as Bahamas curá-la. Ou talvez eu nem consiga fazer isto. Talvez a probabilidade de Dedé esteja certa e todos os eventos no universo tem 50% de chance de acontecer, ou talvez eu só esteja falando de Dedé demais no meu blog.

É tanto talvez que talvez eu nem consigo contar, mas a vida é a sim, afinal, se tivéssemos certeza de tudo, que graça teria a vida? Talvez nenhuma. A incerteza nos move, a incerteza nos une, a incerteza nos preocupa e nos mantém alertas. Eu gosto do talvez. Talvez porque quando a certeza chega, as incertezas continuam, então sabemos de quem sermos aliados.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pintando os sete

Quem nunca viu "Seven - Os sete pecados capitais" e achou um exagero o que o assassino fazia com os "PE-CA-DO-RES" (é pra ler igual "COR-RE-DOR"). Maldade... Não que eu não goste de ver filmes violentos com bastante morte e tripas de fora, mas quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra, não é? Todo o  mundo comete ou já cometeu um, dois ou todos os sete pecados capitais. A maioria comete todos e nem percebe. Mas será realmente que isto é um problema? Será que é tão ruim assim cometer alguns deslizes desses? Será que o pão de cachorro quente é feito sob medida pro tamanho da salsicha? Acho que não.

Baseado nisto, acredito que na verdade os pecados capitais são apenas nuances da nossa vida de modo geral, e que só fazem mal mesmo se mal utilizados, o que também invalida a garantia. Resumindo, estou aqui para defender os pecados, não os pecadores, até porque eu sou santo, quando eu morrer vão me canonizar (e não significa que vão me atirar em um canhão) e o meu primeiro milagre será transformar toda a água do mar em cerveja, podem me cobrar!

Luxúria, o pecado de mais fácil defesa pois até o Ned Flanders já caiu em tentação em um ou dois episódios. Nós temos a tendência de dizer que a carne é fraca, mas qualquer indivíduo do reino animal nasce, cresce, reproduz e morre. O que significa que o indivíduo vem ao mundo, se prepara para acasalar, acasala e aí cumpriu sua missão. Esse é o sentido da vida, do universo e de todas as coisas, assim como o 42, e a felicidade é alguma coisa que inventaram para tornar o tempo entre o nasce e o morre mais agradável.

A avareza é um pouco complicada, porque ser pão-duro ou taxado de, é bastante inconveniente na vida social. A pessoa que é dita pão-dura, teoricamente não sai pra se divertir, não gasta com viagem, não gasta com lazer, detesta piscina e vive os dias a contar dinheiro. E é como diz o ditado: "Quem confere conta, com conta será ferido!". Ora, se tempo é dinheiro, quanto mais dinheiro mais tempo, quanto mais tempo, maior o intervalo entre o nascer e o morrer e maior a felicidade (vide luxúria) QED. Todo o mundo gosta de dinheiro e todo o mundo quer ficar rico, mas ninguém fica rico dando dinheiro ou torrando, ou queimando ou jogando fora (exceto em forma de aviõezinhos), e inclusive alguns dos maiores ricos do planeta quando querem doar dinheiro fazem uma campanha de arrecadação antes, não é?

Eu tenho dificuldades para escolher meu pecado favorito, mas a gula com certeza me persegue. Não com o objetivo de comer até morrer, mas poderia ser. De vez em quando é... Mas voltando ao assunto, sem um pouco de gula, o que seria de nós naqueles restaurantes “serve-serve” (eu sei que o nome é self-service, tá?!) com aqueles pratos gigantes (estes sim são gigantes, não aquelas minipizzas com oito pedaços que entregam hoje em dia com nome de gigante) e uma variedade enorme de guloseimas que se enquadram apenas em três categorias: “Vou experimentar”, “adoro este prato” e “olha o que tem ali!”. Eu por exemplo não conheceria o creme de papaia com licor de cassis se não fosse a tal da gula. Que pena seria.

Inveja é muito relativa... E não tem nada a ver com relação ou relar. Tem a ver com a relatividade da posição em que você está e a que quer alcançar. Um exemplo hipotético: Eu tinha inveja do Cauã porque tá pegando a Isis. Uma das maneiras de sanar isto, é ter vontade de pegar a Isis, e eu não farei isso de novo. A outra maneira é pegar uma moça mais bonita que a Isis, e foi o que eu fiz (apesar da insistência dela em dizer que ninguém a pega). Tá vendo, a inveja que eu tinha do Cauã me levou a um lugar melhor e ele no entanto está lá na dele sem saber que eu existo com a feiosa lá. Ponto pra inveja e estrela pra mim!

Ira – Não tem nem argumento. Muito boa a banda, alguns clássicos e ainda tem o Wolverine Valadão. Ps.: Uma coisa boa é uma coisa irada!

“Vaidade, meu pecado favorito”, disse uma vez Al Pacino. Quem sou eu, repito, que sou eu pra discutir com Al Pacino? Isto ele disse na versão dublada, mas dizem os cristãos que o termo correto é soberba. Tanto faz. E já que me faltou soberba ao me comparar com o Al Pacino, vou logo avisando que quem não gostar do assunto pode parar de ler por aqui. Sou contra contar vantagem, se vangloriar, mas no trabalho por exemplo, nem sempre tem gente olhando o que você tá fazendo, quando é certo. Quando é errado, espalha à cavalo. Então, quem quer crescer um pouquinho tem que “cantar” uma certa vantagem, aparecer, e como eles gostam de chamar: Mostrar serviço. O que eu não entendo é alguns listradinhos aí sugerindo que vaidade é coisa de mulher. Acho que é porque eles não tem vantagem pra contar. E vivo cheio de vaidade mesmo e qualquer coisa resolve com o Al.

Preguiça... este sim é um bom pecado para cometer. Antes da argumentação, porém, vou contar, sem motivo aparente, uma piada de baiano.
“Dois baianos deitados em redes quando de repente uma nota de cem passa voando. Então um vira pro outro e diz: Oxi, se esse vento muda arrente tava feito, pai...”
A boa preguiça para mim, começa quando a pessoa tem preguiça de fazer alguma coisa mas é obrigada a fazer, seja por estar no trabalho, na missa, ou em casa com a patroa ou a mãe. (Acredito que esta seja a trindade moderna: Pai, chefe e mulher). Se ele é obrigado a fazer, vai ter que sair de um jeito ou de outro, e se ele tem preguiça de fazer de um jeito, vai ter que ser de outro. Quando o cara para pra pensar de que outro jeito ele pode fazer é que surgem as melhores ideias do planeta, ou como eu gosto de dizer: “Tem que ter um jeito mais fácil de fazer isso!”. A preguiça me deu de presente o meu primeiro projeto elétrico sem a supervisão de um adulto. Fiz uma extensão da tomada da parede para a TV, mas antes puxei um interruptor do lado da cama de Dedé, quando a gente dividia quarto na saudosa Diagonal. Desta forma ele podia desligar a TV à noite sem nem eu nem ele precisarmos levantar. Irado, né?

E enquanto eu espero ansiosamente o fim de semana que vem para ver minha flor, filando a internet do hotel pra não gastar o 3G pra bostar no plog vou comendo um salmão ao molho de alcaparras que esse f... demoraram a trazer. Fiquei com vontade de sair pra comer que nem os caras fizeram, mas vou ficar aqui deitado, afinal sou o cara mesmo!?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Diário de bordo

Filtro solar uma pinóia. Quem inventou essa história de que não se deve esquecer o filtro solar? Me diz qual a potência de uma lâmpada pra causar uma queimadura na pele só pela radiação e convexão... Fora os dermatologistas, que tipo de mané usa filtro solar em casa, no banheiro? Um diário de bordo! Isso sim todo mundo devia ter. Navegar é preciso, viver não é preciso. Um diário de bordo é necessário.

Seguindo o raciocínio do Homer, que é de longe o melhor em todas as ocasiões (neste momento percebi que não estou vendo os Simpsons. Partiu mudar de canal!), "Se Deus não quisesse que comêssemos os animais, não os teria feito de comida!", se Ele não quisesse que saíssemos por aí feito doidos procurando sabe-se lá o que não nos teria dado pernas, gordura para armazenar energia e tampouco propagandas pacotes de agências de viagem para praias paradisíacas. Alias, se não fosse para a gente viajar, o próprio Deus teria feito tudo no mesmo lugar, bastando apenas desinventar uma ou duas leis da física. 

Deixando o misticismo de lado, o que levou o homem primitivo a migrar através da terra? Ah, tá bom, a falta de comida. Mas e o que levou às grandes navegações? Droga, ouro e pedras! E a corrida espacial? Verdade, a busca pelo teflon... mas enfim, estas viagens aconteceram e muito devemos a elas, e principalmente à Charlene Silva Sauro que provou que a terra era redonda, viajando com o objetivo de ser atirada da beirada do mundo.

Não há lugar como nosso lar, eles dizem. Verdade... e ainda bem que não. Quando eu fico muito tempo em casa eu começo a me sentir parte da mobília, que nem o Bootstrap Turner no Piratas do Caribe. "Parte da tripulação, parte do navio!" Acho que é assim que Pablito e Carai falariam, mas não vai rolar. 

Eu viajo bastante, a trabalho, a passeio, só não viajo a cavalo porque acho muito paia, mas não tenho meu diário de bordo. Estou projetando um, mas como qualquer projeto de engenharia que se prese, tem várias etapas, revisões e comentários. Espero em breve colocar o diário no ar, talvez em forma de blog, talvez em forma de mapa, talvez em forma de tanquinho que nem a minha barriga. Acho que eu o chamaria de Cerido Diário, mas poderia gerar alguns conflitos e eu acabaria tendo que pagar direitos autorais pra pretinha.

Oh, galera, foi mal... acho que viajei aqui!