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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Evolução

Se todos somos realmente macacos eu não sei. Há quem diga que é o nosso ancestral mais próximo, mas há quem rebata dizendo que o nosso DNA é mais parecido com o de uma mosca. Os cristãos são barro, e as cristãs uma costela, e pode ser por isso que são tão gostosas. Eu sou macaco, mas por maioria de votos, o que hoje os psicólogos chamam de bulling. Alguns dos que me chamavam de macaco são meus amigos, e até bons amigos, e outros não. O legal é saber que outros dos quais acabaram sendo angariados por outra minoria mas que não vem ao caso.

Sabe, triste ver que a evolução não tem andado tão depressa quanto a gente gostaria, pelo menos em todos os aspectos. Por exemplo, quando o computador se tornou de uso comum, e eu lembro disso, pasmem, quem não tinha costume de usá-lo e passou a fazê-lo começou a ter o que chamaram de LER na época e que mudou pra DORT. A geração que usa o computador desde jovem não reclama deste mal. Que coisa, não? Eu acho no mínimo curioso. Mas no futebol ainda temos macacos.

Dizer que somos todos viados, como diz a pensadora nem tão contemporânea assim Gretchen, ou sei lá como escreve isto, é dizer demais. Não é porque eu não sou viado, ou macaco, ou porco, ou qualquer outro bicho que eu tenho algum tipo de preconceito contra eles, mas nem por isso saio por aí vendendo camisetas assumindo uma identidade que não é minha, mas cada um sabe de si. Este assunto do eu sou isso, eu sou aquilo já me parece aquela propaganda da pelada da Nike, mas chegar e dizer que todos somos é deveras arriscado.

Apesar de outro pensador não tão contemporâneo assim, o Falcão, dizer que homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado, eu acredito na escolha, e aquele que disser que um preto não pode ficar branco não conhece Michael Jackson nem o pó de arroz. Aquele que disser que o branco não pode ficar preto não conhece o bronzeamento artificial. E no mais é isto, porque por dentro é tudo igual. Eu não pedi pra nascer preto, mas se me perguntassem hoje, diria que sim, portanto, mesmo que indiretamente, foi a minha escolha.

Com relação à banana e o Daniel Alves, não achei que foi isso tudo ele ter comido não, e confesso, não teria comido. Raciocina comigo: Esse cara que jogou a banana foi revistado ao entrar no estádio. A revista não encontrou a banana, portanto, de onde esse cara tirou essa banana? Que pergunta idiota, Robin. A César o que é de César, então o Dani Alves merecia uma batata em vez de banana, mas acho que ia ser muito dolorido esconder a batata. Só acho. Escolha minha.