A hora da partida, sem ser a de futebol, depende muito de quem e do quê vai partir. Baseado nessa premissa, podemos tentar fazer uma ordem de facilidade de esquecimento/compreensão da despedida/partida/desistência/libertação/datijuca. Em último lugar, os bens materiais. Quem se importa em perder um pé de chinelo, um pente, ou até mesmo aquele carro importado depois de uma capotagem espetacular da qual você sai ileso? Acho que só eu mesmo.
Em seguida, os bichinhos. Tadinhos. São parte da família na maioria das vezes mas mesmo os gatos, que têm várias vidas extras não costumam viver mais que as pessoas da família. A não ser que você o seu bichinho seja um cágado que fique perdido por trinta anos e reapareça (true story, bro). Então deste ponto de vista é mais fácil dizer adeus a um animalzinho de estimação do que a um ente.
Classificar parentes já é mais complicado. Tem sempre aquele primo que se dá melhor, uma tia mais querida, um afilhado ou sobrinho de terceiro grau que foi criado como filho. Então essa classificação vai ficar por conta de cada um da maneira que enxerga as coisas. No final das contas, quando é preciso, nos despedimos. Dizemos adeus ou até logo. Dizemos sofrido, aliviado, esperançoso na volta ou na chegada. Dizemos sentido ou por dizer. Dizemos adeus, dizemos tchau, dizemos até... Dizemos pensado e dizemos de repente.
"De Repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
Adeus!
Gostei muito!
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